Baby Matilde // One step closer
Hoje chegámos às 35 semanas! Teórico-clinicamente faltam cinco semanas o que só de pensar já me deixa cansadíssima. Teórico-astronomicamente (contando as 9 luas desde a data de concepção), faltam apenas 3 semanas.
Esta questão da data prevista para o parto (doravante DPP) é falível. O nascimento - por parto natural não induzido, claro - é um evento que, por muito que a medicina se aprimore, não consegue prever com exactidão. O que significa que temos ali um intervalo de tempo de cerca de três semanas, à excepção do caso dos prematuros, em que é possível que entremos em trabalho de parto. Eu costumo analisar a analogia da roleta russa, expressa bem a aleatoriedade subjacente a este fenómeno - dentro do tal intervalo de tempo, evidentemente.
A DPP é calculada tendo como base a Data da Ultima Menstruação (DUM). A partir do primeiro dia da última menstruação, calculam-se mais duas semanas, altura em que num ciclo menstrual normal de 28 dias ocorre a ovulação e em que ocorrerá, teoricamente, a concepção. E assim se contabilizam as 40 semanas previstas pela lei constituinte materna.
Ao longo da gravidez, das ecografias e medições "crown to rump" realizadas no primeiro trimestre - altura do crescimento embrionário definido em standards da OMS - é possível chegar a uma DPP corrigida. Isto apenas no primeiro trimestre pois a partir do segundo trimestre, o crescimento do feto já é variável (dentro dos percentis considerados normais), dependendo da própria estrutura futura do pequeno ser humano que aí vem: mais ou menos alto, mais ou menos gordo.
Ora, isto é muito lindo na teoria mas eu, por exemplo, não tenho DUM. Por causa dos meus ovários que têm muita personalidade jurídica. Assim sendo, o cálculo torna-se à partida complicado. Juntando a este facto a datação feita no primeiro trimestre em Angola - declarada sem critério de qualidade aqui em Portugal - posso dizer que o meu intervalo de tempo de incerteza é superior aquilo que era expectável inicialmente. E isto aborrece-me porque o homem anda no vai-vem de Angola e estamos a apontar as agulhas para a data prevista pelos médicos. Mas... E se? E se sua excelência decide que é fixe vir ao mundo uma semana antes só para chatear e por o pai a correr para para o Aeroporto 4 de Fevereiro aos gritos "vou ser pai, metam-me no primeiro avião para Lisboa!" e a mãe a entrar na MAC modo mãe-solteira-quero-o-meu-homem-ai-que-dói-muito.
Existem algumas técnicas passíveis de ser utilizadas para ajudar numa eventual ordem de despejo mais direccionada para uma data especifica:
1. Andar. Andar, andar. Caminhar por aí, meia a uma hora por dia.
2. Básculas. Abanar a anca em movimentos circulares numa e noutra direcção.
3. Namorar muito. As prostaglandinas existentes no sémen amolecem o colo do útero.
4. Namorar muito. Não é gralha. O amor liberta oxitocina, responsável pelas contracções do útero.
5. Massagens por baixo das omoplatas. Pronto passou-se. Não! É um ponto que, estimulado, permite a libertação de oxitocina. Peçam aos vossos homens que procurem aquele "bico" no final de cada omoplata. E imediatamente a seguir, fazer pressão e massajar.
Depois ainda há os fenómenos "yo no creo em brujas,pero que las hay, las hay", que passam por filhotes que esperam que os pais cheguem para começar a querer sair. Conheço dois casos próximos. Para isso, nada melhor do que falar com eles sobre o tema. Eu bem sei que aquela ideia romântica da mãe a conversar com a barriga é meia estranha e uma pessoa sente-se um bocado parola. Mas tentem: lembrem-se que nesta altura do campeonato, no terceiro trimestre, o bebé não só ouve como estudos recentes comprovam que já tem memória auditiva. Provavelmente a Matilde não saberá exactamente o que quer dizer "filha, o pai volta dia 18 de Outubro, de-zoi-to de Outubro. Outubro. Aí podes sair" que é o discurso que o pai gosta de ter com a barriga. Mas há conexões inexplicáveis, ligações incríveis e... Quem sabe?
M&M
Antes de mais Parabéns por essa barriga linda ;)
ResponderEliminarE obrigada pelo teu comentário sobre o meu blog, agora como deves compreender não publiquei.
Muitas felicidades :)
Compreendo, claro, mas olha que é verdade!
EliminarBeijinhos :)