Baby Matilde // Mãe que é mãe panica com o umbigo

O coto umbilical é um fenómeno que desperta reacções distintas. Por um lado é o que sobra do elo de ligação mãe-bebé e tem por isso um signficado profundo e tal. Esta é a vertente bonita. Por outro lado, o coto umbilical é uma coisa toda badalhoca que está ali a dificultar-nos a vida. Esta é a vertente gráfica. Esta é também a minha visão do fenómeno.

Não sei se vós leitores que ainda não foram mães - ou são homens e ainda não foram pais, evidentemente - já tomaram contacto com o dito cujo, mas se não eu passo a explicar:  É um resto de tecido vivo, que está ali a morrer aos poucos, e por isso é castanho - ou vai acastanhando ao longo do tempo - e tem um grampo na ponta que dificulta imenso mudar a fralda do bebé. Pois é. Depois o dito cujo é susceptível de infectar o que é uma grande desgraça se acontece e por isso tem que ser sempre mantido limpo e seco (já perceberam o meu drama com o banho total, certo?) e fora da fralda, que tem que ser dobrada para não ficar sobreposta. E nós, mães incautas - eu pelo menos - ficamos ali a olhar para aquele pendurico com algum receio de lhe pegar para limpar - eu pelo menos - e pior! Também aqui as opiniões divergem: Limpa-se com água e seca-se bem. Não, não, limpa-se com álcool a 70º e seca-se bem. A única coisa constante é o seca-se bem. Eu lá fui limpando e secando sem recorrer ao álcool até que...

Até que a desgraça se abateu sobre mim.

O coto umbilical da Matilde era de óptima qualidade e demorou eternidades para cair. Já estão a ver o meu drama não é? "Isto nunca mais cai, maldito coto!". Todos os dias cheirava aquilo tipo mãe urso a tentar detectar qualquer sinal de infecção. Observava-o ao detalhe - já sem receio de lhe pegar - e fazia reports sobre o aspecto do bicho à Enfermeira Ofélia e ao meu pai. "Isto nunca vai cair!!!". Foi o drama. Até que um lindo dia caiu, claro. E agora tem um umbiguinho bem bonitão naquela pança maravilhosa que apetece engolir.

M&M