5 meses

Foi em Outubro que o dia 16 passou a ter um novo significado para mim. Foi nesse dia, o dezasseis, que a minha vida mudou. Foi o dia em que o meu coração se tornou maior, o dia em que deixei de ser uma miúda e me tornei mulher. O dia em que te vi, filha, pela primeira vez e chorei devagarinho ao ritmo da tua respiração. Foi a primeira noite que dormi (dormi?) imóvel, contigo ao lado, a ver-te encostada a mim, como se de mim ainda não tivesses saído.

O dia em que descobri forças em mim que não sabia possíveis. Em que aprendi a dar o devido valor a devidas atitudes e seguir em frente, de queixo levantado e coração ao alto. Porque tu existes. E a tua existência deu um novo significado à minha. Um significado de paz mas também de normas e regras fundamentais para um novo ser crescer no seio de um ambiente adequado. Tornei-me mais intransigente e intolerante com parvoíces alheias - ainda que as tenha feito, e não foram poucas - Tornei-me numa mãe meiga e dedicada e também feroz face a possíveis ameaças de outrem. Foi o dia em que nasci de novo, contigo. Uma mulher renovada, forte, com objectivos bem claros para o teu bem estar. Foi o dia em que deixei de ser eu para passar a ser nós.

E hoje o dia 16 relembra-me este meu crescimento. Que não se mede em centímetros ou em percentis, mede-se nos teus sorrisos que provocam os meus, todos os dias.

Parabéns querida filha, pelo teu quinto mêsversário. E obrigada querida filha, por me fazeres ser quem sou hoje.