O meu super-humano
Quando era pequena, o meu pai era um super herói sem capa. Indestrutível. O meu pai podia proteger-me de tudo e todos, o meu pai era infalível.
Crescer significou também amadurecer a nossa relação de pai-filha e hoje sei que o meu pai não é super-herói. Não, o meu pai é um super-humano. No qual procuro espelhar a minha conduta que nele sei ser irrepreensível.
É, hoje já sei que o meu pai não é super-herói e isso, ao mesmo tempo que me dá um medo terrível de o perder (porque passo tanto tempo longe - é invitável ter medo de perder quem amamos não é?), ainda me faz olhar para ele com mais admiração. É um super-humano imperfeito, como todos somos, mas perfeito na sua imperfeição. É complicado explicar o amor.... É companheiro, a quem me confesso nas horas complicadas e cujas opiniões me clarificam futuros enevoados. É protector, como quando era pequena. É super, com super-poderes de verdade e eu, simples humana, construo-me diariamente balizando-me pelo que nele vejo e a minha admiração não tem fim.
Por isso todos os dias procuro ser melhor, superar-me, para que ele me admire também, para o deixar feliz e orgulhoso. É isso.
Obrigada querido pai, por tudo o que tens sido para mim.
Feliz dia do pai.
Comentários
Enviar um comentário