A semana mais horrível da minha vida

Não, e não estou a ser dramática. Esta segunda-feira tenho - porque tenho, não há como fugir - de ir a Luanda. Até aqui tudo muito bem, nada de novo ou diferente dos últimos 4 anos. Mas desta vez, há um revés. Por motivos que agora não vale a pena estar a explicar, e por motivos de visto, e por motivos de alojamento, e por motivos de logística, e por mais uma catrefada de motivos, a minha Bé vai ficar em Portugal. Vão ser, desta vez, 4 noites e 5 dias inteiros a milhões de km da minha filha que ainda é tão pequenina e tem apenas 9 meses. Nunca estive tanto tempo longe dela, nunca pensei vir a estar, mas a vida as vezes é madrasta para mim e assim foi. Tenho andado com essa nuvem negra em cima do pensamento e do coração, nas últimas semanas, mas de cada vez que ela chega eu sopro-a com força e afasto essa realidade do meu pensamento, mas a realidade está a aproximar-se à velocidade da luz e eu tenho o coração do tamanho de um pinhão e no dia em que tiver que me meter naquele avião maldito é muito provável que chore a viagem toda. E mentalizo-me: são 4 noites, é pouco, pois é, mas para mim é uma eternidade. E é a primeira ronda, porque neste malvado mês de agosto ainda vou ter que la voltar e não serão 4 noites, serão mais. Mas uma coisa de cada vez. Agora sofro por esta, depois verei que decisões tomar.

Vai ser horrível. Ela fica bem, com o pai e a avó e os avós e toda a gente mas eu é que vou lá para aquele fim do mundo. Sem a minha princesa que tão feliz me faz todos os dias. Tinha-me metido naquela coisa dos #100happydays mas temo que nesses dias seja difícil encontrar motivos para estar feliz.

Preparem se para posts miseráveis.

Sou muito má? Alguém me ajude que eu sozinha não consigo. Ideias para tornar esta semana mais suportável, aceitam-se.