A braços com as papas

Este foi um fim de semana em cheio para a minha filha. No dia 16 de Fevereiro a princesa fez nada mais nada menos que quatro meses! Clap, clap, clap! Quatro meses inteirinhos de amor no meu coração. No dia 18 de Fevereiro fez um ano (um ano senhores!) que soube que estava grávida! Por isso na prática, o amor anda no meu coração não há quatro mas há doze meses.

E em cima disto tudo, dia 15 de Fevereiro foi o dia da iniciação da minha filha na papa. A Matilde, que até então estava mais que familiarizada com a dinâmica biberão e, quando prái virada, despachava um em 10 minutos, viu-se a braços (a bocas!) com um objecto estranhíssimo, de cantos arredondados, mais rijo que o suposto e que não faculta um aport contínuo de leite. É verdade, uma colher imaginem só. Um colher que leva 0.000000001 mil de papa e que mesmo assim sai toda cá para fora. Colherada a colherada diria que levámos sensivelmente 350 anos a despachar metade da primeira papa, sendo que metade dessa metade ficou lá no babete.

E a Matilde alternava entre o espanto e riso a bandeiras despregadas da minha cara, ali, empenhadíssima na missão papa. Cada vez que eu escancarava a boca - numa tentativa que ela mimetizasse o meu comportamento, lá ficava ela a rir-se com vontade e a papa toda a escorrer queixo abaixo.

Agora, 4 papas passaram, e digamos que a Matilde ainda não é propriamente proficiente na competência "comer com colher". Mas a mãe adora ficar ali tempos infinitos a dar 150ml de papa com uma colher que leva tem tanta capacidade para levar papa à boca como...vá lá...um garfo.