Complexo de Electra

Alguns de vos saberão, muitos não, que sou formada em psicologia. A psicologia é uma ciência, e tal, que serviu me de pouco mais do que me dar as bases para o que faço hoje em dia. Que tem pouco nada a ver com psicologia. Sim, tem a ver com pessoas e esta decisão da "psicologia" já indicava este meu apego às causas mais humanas - organizacionais ou não - mas daí a trabalhar em orçamentos e respectiva gestão vai meia bola e força. Mas adiante.

Quando eu era pequena queria ser estilista. É verdade. Sem grandes pretensões de pseudo-inteligência conformista aos capitalismos mundanos de quem quer ser rico. Eu ca gostava de desenhar. E o meu pai sempre teve a coisa que eu mais gostava na sua carreira médica - a inteligência emocional de alguém que conhece, verdadeiramente, as pessoas - tipo, vidente tão a ver? - e os cadernos da propaganda médica.

Fui muito feliz ali, com 9 ou 10 anos a fazer coleções de roupa.

Ainda hoje gosto.

De roupa.

Mas deixemos nos disso.

Tirei psicologia e nunca fiz disso profissão. Sem pena. Nenhuma. Mas conheço a fundo, como bem compreenderão, a fundo, teorias do desenvolvimento e é em causa própria que afirmo.

Estou a ser vítima de complexo de electra em último grau.

É dramático. A miúda tem uma devoção pelo pai que só Freud explica. Um "papa" na boca que só se torna em mamã em momentos de aflição. Eu cá, eu cá gosto.

Gosto apesar de haver aquele "raios, dei te tudo e agora queres ele? Nem me posso aproximar dele? Olha que ele era meu antes de tu chegares miúda!"

Tudo pensamentos altamente politicamente incorrectos para um blog pequenino com caras dadas. Mas não há problema.
Não há porque a verdade é que isto é... É duas provas. A primeira; que Freud explica mesmo. Que o meu curso foi o melhor que podia ter escolhido e a consultora em Angola foi um bónus que me fez aprender ainda
Mais.

Dois. Raios.
Ela adora o pai. E eu amo o pai e ela. E isto faz preconiza (bonito, amh) a melhor e mais bonita história de amor da
Minha vida.

Obrigada!

Comentários

  1. É bem assim, a gente passa por tudo e eles nascem a cara do pai e são doidos pelo pai, principalmente as meninas, acho! Saudadinha do seu antigo blog, mas gosto muito deste também. Abraço!

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